- No desenvolvimento funcional (capacidades desenvolvimentais de funcionalidade)
- Nas diferenças individuais
- Nas interacções (relacionamento e padrões de interacção)
- Relatórios do nível desenvolvimental funcional da criança;
- Análise detalhada da história desenvolvimental;
- Observação directa (a criança a interagir com os pais e com o terapeuta), tendo sempre em conta as guias da avaliação e intervenção: desenvolvimento funcional, diferenças individuais e interacções.
Pode surgir a necessidade de acrescentar alguns testes standartizados à recolha de dados.
Importância da avaliação do processamento nas diferenças individuais:
Nas diferenças individuais, são alvo de estudo os vários tipos de processamento, uma vez que estes são a base para a interacção, a comunicação e a linguagem:
- Planeamento motor – suporta o desenvolvimento da linguagem oral e gestual, é essencial à imitação, interacção social e brincar;
- Processamento auditivo – permite o desenvolvimento da consciência fonológica (tomada de consciência das características formais da linguagem) necessária à expressão e compreensão oral, à leitura e escrita;
- Processamento visuo-espacial – suporta o pensamento lógico e abstracto necessário para o sucesso académico;
- Modulação sensorial – permite um comportamento adequado aos vários e diversos estímulos, em particular a interacção com os outros.
Estudos com crianças com PEA, permitiram apontar que uma parte destas apresenta disfunção ao nível do processamento auditivo, visuo-espacial motor e modulação sensorial.
Por outro lado, Greenspan & Wieder (1997) concluíram que existia um défice nestas crianças relativamente à associação de afecto ou intenção ao planeamento motor ou à emergência de algumas capacidades simbólicas.
A monitorização dos progressos da criança poderá ser feita com base num quadro desenvolvimental funcional, onde existe uma recta considerada “normal” que relaciona determinadas etapas com a idade de aquisição das mesmas.
O quadro desenvolvimental funcional de cada criança é feito a partir de um questionário, que, normalmente, é dirigido aos pais, devendo estes responder a algumas questões:
(Adaptado de Greenspan & Chairman)
O resultado final da avaliação é o perfil desenvolvimental ou perfil de funcionalidade, sendo que este é o conjunto de factores biomédicos, das diferenças individuais, das capacidades desenvolvimentais funcionais e das interacções cuidador-criança e padrões de interacção familiares.
Os familiares estão sempre envolvidos no processo de avaliação, bem como na intervenção, sendo que devem ser discutidas com os pais as relações familiares e as competências da família para apoiar a criança. Durante o processo de avaliação devem-se criar relações de parceria entre os profissionais e os familiares, sendo que esta irá facilitar a transição e a implementação do plano de intervenção. A relação de parceria emerge da necessidade de compreensão e de um consenso, pelos familiares e técnicos, acerca do perfil de desenvolvimento funcional da criança.
(Adaptado de Greenspan & Chairman)
Referências Bibliográficas:
Maia, M. (2009). Apontamentos policopiados: D.I.R.: Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças Individuais e na Relação. Aula do dia 14 de Janeiro de 2009.
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