EPIDEMIOLOGIA

A epidemiologia é a ciência que estuda a distribuição nas populações, no tempo e no espaço dos determinantes do estado de saúde e das doenças, bem como da eficácia e o impacto das intervenções para controlar os problemas de saúde.(Barros, 2005/2006)


Epidemiologia tem como objectivos:

  • Descrição das condições de saúde das populações
  • Investigação dos factores determinantes da situação de saúde
  • Estudo da frequência da doença
  • Mecânismo da disseminação da doença
  • Caracteristicas dos individuos atingidos
  • Determinação da eficácia das medidas de prevenção

Estudos recentes mostram que a incidencia do Sindrome de Asperger conheceu novas conclusões, a sua incidencia (1:300) ao contrario do que se pensava difere em muito do autismo classico (1:1000) .
Relativamente à distribuição por sexos, a razão masculino/feminino das crianças referenciadas para uma avaliação diagnóstica foi de 10:1, ao passo que a razão masculino/feminino epidemiológico foi de 4:1. Esta aparente discrepância pode explicar-se pela maior expressão dos défices sociais e maior propensão para comportamentos agressivos/disruptivos por parte do sexo masculino. Desta forma, os rapazes são mais facilmente identificados, quer pelos pais quer pelos educadores, razão pela qual são mais frequentemente referenciados. (Martins, 2000)
De acordo com Fritch (1989) e com o DSM IV, observa-se uma predominância do Autismo nos rapazes. Quando a doença afecta as raparigas tem tendência a ser mais grave. A incidência é de 4 a 5 rapazes para cada rapariga, citado por Borowski (2005).
Segundo Eric Fombonne, no Canadá (2003) a taxa média de prevalência da perturbação autistica é de 10 casos em 10.000 individuos.
Estudos desenvolvidos em Portugal (Oliveira, G et al., 2000) apontam para números semelhantes – 1 caso em cada 1000 crianças. Estes estudos revelam ainda que a prevalência de autismo nas crianças do Norte do país é metade da verificada no resto de Portugal, sendo que nas regiões do Centro, Lisboa, Vale do Tejo e Açores a prevalência ronda 1,5 autistas por mil crianças.

As possiveis razões para o aumento da prevalência estimada para o autismo e das condições relacionadas são:

  • Aumento da incidencia
  • Adoção de definições mais amplas de autismo
  • Maior consciencialização entre os clinicos e na comunidade mais ampla sobre as diferentes manifestações de autismo
  • Melhor detecção de casos sem retardo mental
  • A compreensão de que a identificação precoce maximiza um desfecho positivo
  • Investigação com base na população


Há inumeros estudos acerca da epidemiologia logo, é dificil fazer a comparação entre estes, uma vez que cada estudo utiliza as suas propria metodologias, definições e amostras.


Referências bibliográficas

Martins A. Fernandes A. Palha A.( 2000). Sindrome de Aperger-Revisão Teorica. 29: 47-53em. Acedido em: 27 de Dezembro 2008; em: http://amrf.no.sapo.pt/SA.pdf

Borowski, K. (2005, 19 de junho). A inclusão social do autista é um caminho difícil, mas que deve ser enfrentado. Acedido a 9 de Novembro de 2007, em: http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=2331

Barros H. (2005/2006). Mestrado em Epidemiologia. Acedido em: 20 de Dezembro de 2008, em: http://sigarra.up.pt/fmup/cursos_geral.FormView?P_CUR_SIGLA=MEPI

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