PSICOSES PRECOCES

Psicose caracteriza-se como sendo uma psicopatologia, havendo comprometimento severo do ego, podendo ser de natureza genética, adquirida, emocional ou neurofisiológica; de carácter irreversível afectando a personalidade e a capacidade da criança se adaptar ao meio ambiente, e interagir comJustificar completamente ele.

O doente constrói uma concepção própria do ambiente em que vive, parecendo-lhe mais ordenada e satisfatória do que a que obtém pela avaliação subjectiva da realidade.Esta nova concepção faz com que se sinta protegido, mas ao mesmo tempo perde o contacto com a realidade;

Tratam-se de fenómenos regressivos e de adaptação, sob a forma de:

  • Alterações de percepção: ilusões, alucinações;
  • Do pensamento: autismo, fuga de ideias, delírios; da afectividade;
  • Do humor: depressão, euforia, ansiedade, instabilidade emocional;
  • Da consciência: confusão mental;
  • Da actividade motora: excitação, catatónia;
  • As psicoses precoces manifestam-se, normalmente entre os 3 e os 5 anos, sendo as mais graves, tendo em conta que a criança ainda não completou o seu normal desenvolvimento.

De uma forma mais evolutiva, podemos dividir em:

  • Autismo Atípico;
  • Síndrome de Asperger;
  • Síndrome de Rett;
  • Formas passageiras como o autismo infantil de Kaunner e a psicose simbiótica de Mahler: dos 3 aos 4 anos, caracterizando-se por uma regressão total; por um isolamento, recusa quase total de contacto humano, nos casos mais graves pode desenvolver “crises de angústia de morte” quando forçado pelo contacto; muita relação com os objectos autistas, utilizado pela criança autista para obter sensações subjectivas; imutabilidade, ou seja constância dos espaços, nas mudanças de espaço, a criança pode sentir-se imensamente perdida, tendo necessidade de se regular de novo; estereotipias gestuais, tentando alcançar sensações; perturbações de linguagem, estando muitas vezes presentes mas sem valor comunicacional, e outras nem presente está;
  • Esquizofrenia;
  • Psicose maníaco-depressiva;
  • Psicoses orgânicas sintomáticas de afecções tóxicas ou toxi-infecciosas;

Ao abordar as psicoses precoces, é necessário ter em atenção os seus riscos, a evolução, ou não, para a debilidade mental, ou a evolução para o isolamento.

Em termos de prevenção existem vários sinais a ter em conta, quando a criança está a evoluir para uma psicose:

  • Perturbações precoces da alimentação;
  • Dificuldade nos processos de sucção;
  • Vómitos psicogenéticos;
  • Perturbações do sono intensas, sendo a insónia calma mais grave que a insónia agitada;
  • Ausência de atitudes posturais antecipatórias, quando pegam na criança ao colo no berço;
  • Ausência de atitudes protectoras, não tendo noção do perigo;
  • Interesse em brincadeiras em que a posição das mãos esteja preferencialmente à frente dos olhos;
  • Desinvestimento ou perda de uma função que a criança já tenha adquirido - Regressão;
  • Desvio do olhar, não mantendo o contacto ocular;

A associação de dois ou três destes sinais, até aos 18 meses, é propensa a um quadro psicótico;

Referências bibliográficas:

Apontamentos policopiados das aulas da Dr. Sílvia Duarte, acedidas no dia 19 de Dezembro de 2008.

Bezerra, A. Chalegre, C. Guimarães D. Camilo D. Intervenção Terapêutica Ocupacional na Psicose Infantil, acedido em 26, de Dezembro, de 2008, em: http://gballone.sites.uol.com.br/colab/psicoseinfantil.html

Psicose, Acedido em 27, de Dezembro, de 2008, em: http://www.oportalsaude.com/default.asp?go=psicose

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