ENTREVISTA





Foi realizado um inquérito, pelo grupo, sobre as perguntas mais frequentes, dos pais de crianças diagnosticadas com perturbação do espectro autista, aos profissionais de saúde, nomeadamente a um Terapeuta Ocupacional.
Para responder a essas questões entrevistamos uma Terapeuta Ocupacional, a Terapeuta Gabriela Novais, que actualmente trabalha na associação MADI, Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual, de Vila do Conde.






O que é a Perturbação do espectro autista?






A Perturbação do espectro autista é uma perturbação no comportamento e na comunicação, afectando a interacção da criança com as outras crianças e com outros adultos;






É normal o meu filho ter um comportamento diferente das outras crianças?






É normal, tendo de estar preparados para os comentários de outras pessoas, como “coitadinha da criança”, visto que não compreendem a situação, até dos pais dos colegas da escola;






Todas as crianças com PEA comportam-se como o meu filho?






Não, cada criança tem os seus comportamentos específicos, cada caso, é um caso;






A PEA tem cura?






Não tem cura, vamos sim tentar minimizar os comportamentos inadequados, principalmente no domínio social, tornando a criança o mais feliz e mais autónomo possível;






Alguém pode ajudar o meu filho?






Sim, vão estar inseridos nas sessões, sendo –lhes explicado como vamos chegar ao objectivo, como vamos ultrapassar as incapacidades no seu dia-a-dia, envolvendo não só os pais, mas também a família mais próxima, como os avós, a professora, dando sugestões para o melhor envolvimento com a criança;






Como posso eu ajuda-lo no seu dia-a-dia?






Através da utilização de várias sugestões, como jogos, brincadeiras, ensinando a criança a brincar, desmontando as actividades e explicar como se faz, experimentar em casa, os jogos que devem ter ou não em casa, como por exemplo o computador, não devendo estar presente; Sensibilizando também para a medicação, Necessária para se acalmarem; Quanto mais autónoma a criança for, maior será a sua interacção;






O meu filho poderá frequentar uma escola de ensino regular ou terá de ir para uma escola de ensino especial?






Segundo a lei, numa escola normal, mas depende da idade da criança, recomendando uma escola de ensino especial, dependendo da capacidade e comportamentos da criança, se tiver capacidades para frequentar a escola regular, irá para lá;






Será que ele conseguirá socializar e brincar como as outras crianças o fazem?






Depende de muitos factores, da sensibilização dos professores e das outras crianças, à partida não irá, podendo ser diferente mas adequado ao meio: “Vamos indo, e vamos vendo”;






Poderei esperar que o meu filho consiga ter uma vida autónoma?






Vamos trabalhar ao máximo para isso, para ele próprio ser autónomo no seu dia-a-dia, dependendo muito dos casos, do ambiente onde a criança se insere;



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